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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Biodiesel ganha nova chance no RN

Agricultores do Território do Mato Grande, que reúne assentamentos rurais de 15 municípios do Rio Grande do Norte, se preparam para retomar o plantio de girassol e outras matérias-primas para produção de biodiesel - combustível produzido a base de óleos vegetais e gordura animal - no estado.

A esperança dos assentados, que já plantaram girassol entre 2008 e 2009, mas abandonaram a cultura em 2010 por falta de mercado, reacendeu depois que a Petrobras, principal produtora de biocombustível do país, anunciou que começaria a produzir biodiesel em escala comercial no RN em 2014, e que poderia comprar parte da matéria-prima no estado. 

“Tem produtor plantando girassol apenas para alimentar o que restou do rebanho”, observa Marcelo Lira, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn). 

“O produtor do RN ficou desestimulado e deixou de acreditar na viabilidade da cultura do girassol e da mamona. Isso poderá mudar com esse novo incentivo, com esse novo estímulo”, afirma Luiz Carlos, supervisor substituto de estatísticas agropecuárias do IBGE/RN.

Livânia Frison, que mora no assentamento do Rosário em Ceará Mirim e é sócia da Cooperativa dos Produtores de Canudos, é uma das produtoras que encheu-se de expectativa. No Território do Mato Grande, onde o assentamento está localizado, os assentados já plantam coqueiros, para extrair óleo da palma, e trabalham na instalação de uma unidade de beneficiamento de tilápia, para transformar as vísceras do peixe em matéria-prima para o biodiesel. 

“Já estamos discutindo isso com a Petrobras. Podemos aumentar em quase oito vezes o número de viveiros e a produção de tilápia nos assentamentos dentro de um ano, aumentando também o volume de óleo destinado a produção de biodiesel”, diz ela.

TN.

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