Maracajá FM










terça-feira, 8 de outubro de 2013

Greve completa 62 dias e impede investigação de 181 homicídios

Nesses 62 dias da greve da Polícia Civil, o Rio Grande do Norte já contabiliza 183 homicídios, uma média de três por dia, contando a partir do dia 6 de agosto até esta segunda-feira (7), sem que as investigações sejam encaminhadas. Apesar da paralisação, as delegacias têm feito a abertura dos inquéritos, mas todos esses crimes não estão sendo investigados, porque não há equipes, de agentes e escrivães, à disposição dos delegados de Polícia Civil. O número de homicídios é do setor de Estatística da Secretaria de Segurança e Defesa Social (Sesed) que, por meio do Instituto Técnico-Científico de Polícia do Rio Grande do Norte (Itep-RN), publica diariamente os dados no seu site. 

Ainda segundo os boletins, 2013 já conta com 1.084 assassinatos. Só neste último final de semana foram 16 mortes. Ontem, ocorreram mais duas mortes, uma delas dentro de uma escola municipal em José da Penha, zona Oeste do Estado. Os policiais civis já têm o maior movimento de greve de sua história. Hoje é o 62º dia de paralisações sem um acordo com o Governo do Estado. E não há nenhuma sinalização de que os dois lados se entendam, o que pode piorar ainda mais a situação da violência potiguar. 

Ontem o Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (Sinpol-RN) voltou à Governadoria para tentar mais uma rodada de negociações com a governadora Rosalba Ciarlini. Na semana passada, o Governo sinalizou que iria conversar com os sindicalistas, mas isso não aconteceu. Quem “ganha” com isso é a violência. “Hoje são 61 dias de greve e não houve mais contato por parte do Governo e estamos esperando isso. São 61 dias de greve e, sem investigações, o crime aumentando em todo o Estado”, afirmou ontem pela manhã o presidente do Sinpol, Djair Oliveira.

Fonte: Tribuna do Norte

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