Os empresários e a população de Apodi estão preocupados em ficar sem
agência do Banco do Brasil pelo menos pelos próximos seis meses. Para
quem tem algum tipo de negócio na cidade, o medo é de esvaziamento no
comércio local.
A explosão da única agência local do Banco do
Brasil, ocorrida no último dia 12 de novembro, fez com que a
superintendência do banco suspendesse suas atividades na cidade.
No
início da semana, os empresários de Apodi estiveram reunidos com a
gerência local do Banco do Brasil e receberam a informação de que a
agência só deverá voltar a funcionar num prazo mínimo de seis meses.
Na
reunião solicitada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/Apodi), eles
receberam a informação de que os funcionários foram transferidos para
outras cidades, até que a agência tenha condições de voltar a funcionar.
George
Gurgel, presidente do CDL, disse que a maior preocupação dos
empresários locais é que o capital que circula na cidade seja desviado
para outras cidades. “As festas de final do ano, vistas como o principal
período de aquecimento do comércio, podem ser o pior período para os
comerciantes, já que as pessoas utilizando outras agências para sacar e
movimentar seus recursos. Nós corremos o risco de ficar sem dinheiro
circulando na cidade”, acrescenta.
Segundo ele, isso pode criar
uma situação grave, já que o cliente vai para outra cidade, o
comerciante fica sem receber e não terá como pagar aos funcionários e
fornecedores.
A agência de Apodi que também era responsável pelo
pagamento de servidores lotados em Felipe Guerra, Severiano Melo,
Rodolfo Fernandes e Itaú, fazia com que boa parte do dinheiro recebido
por essas pessoas circulasse no comércio local.
George Gurgel
disse que eles tentaram convencer para que o BB abra uma agência
temporária no prédio onde funcionou a Caixa Econômica Federal (CEF), rua
Gov. Dix-sept Rosado, mas o banco alegou falta de segurança.
O
empresário Erinaldo Almeida disse que o comércio local vai realmente
sentir o prejuízo causado pelo fechamento da agência quando chegar o
período de início de pagamento.
Estudante tem dificuldade para pagar inscrição do PSV
Para
Pedro Victor Alves, presidente da Associação de Estudantes Técnicos
(AENTS), quem deseja fazer o Processo Seletivo Vocacional (PSV) da
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) a situação também é
complicada. Além do desembolso do valor da taxa de inscrição do PSV, os
estudantes ainda terão que gastar pelo menos mais R$ 30,00 para se
deslocar para Caraúbas ou Mossoró, que são os municípios mais próximos
com agência do BB.
Ana Oliveira, que também reside em Apodi,
lamenta o fechamento da agência por tanto tempo. Ela disse que os seus
pagamentos são feitos através de boletos entregues pela agência dos
Correios, como o documento chega no dia do pagamento e às vezes até com
atraso, já teve que pagar documento com até 20% a mais do valor real.
* defato.com
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