O Rio Grande do Norte tem 14 mortes envolvendo supostas rixas entre
torcidas organizadas, neste ano de 2013. Os casos mais recentes foram
registrados na última sexta-feira, em Natal. As vítimas foram dois
jovens torcedores do ABC, mortos a tiros poucas horas após a vitória do
time potiguar sobre o alagoano ASA de Arapiraca. Ainda não há pistas
sobre as mortes, investigadas pela Polícia Civil, mas desde já a Polícia
Militar já demonstra não acreditar que a motivação para ambos tenha
sido desavença entre torcidas. Já o Ministério Público pede mais atenção
a esses crimes.
A TRIBUNA DO NORTE trouxe matéria no último
domingo mostrando pesquisa em que aponta o motivo do afastamento do
torcedor potiguar dos estádios: medo da violência. Segundo o Smart
Opinião Pública e Mercado, 71,52% dos entrevistados disseram que não vão
aos jogos devido à violência.
Já o Conselho Estadual de
Direitos Humanos, em levantamento feito este ano, mostra que só em 2013
foram 14 casos em que integrantes de torcidas organizadas ou
simpatizantes de clubes perderam a vida tendo esse como sendo o suposto
motivo. A maioria das vítimas, como nos dois casos da semana passada,
são jovens. “O que acontece é que não há investigação e o crime é
esquecido, arquivado. Não estamos vendo nenhuma resposta concreta”,
afirmou Marcos Dionísio, presidente do Conselho.
Para ele, é
preciso traçar um perfil de quem são os integrantes de torcidas
organizadas, além de fazer um trabalho de prevenção. As mortes não são
exclusivas da capital. Foram duas em Mossoró, duas em Parnamirim, e
mais uma em Taipu, distante 50 quilômetros de Natal. Dionísio se mostra
surpreso com o número de homicídios.
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