O Sistema Único de Saúde (SUS) vai começar a ofertar vacina contra o Papiloma
Vírus Humano (HPV) a partir de 10 de março deste ano para meninas de 11 a 13
anos em postos de saúde e em escolas públicas e privadas de todo país, segundo
informou nesta quarta-feira (22) o Ministério da Saúde.
A vacina, que
protege contra o câncer do colo de útero, estará disponível nos 36 mil postos de
saúde da rede pública durante todo o ano, de acordo com o ministério. Em 2015, o
público alvo será estendido a adolescentes de 9 a 11 anos e, a partir de 2016, a
meninas de nove anos.
Para garantir proteção completa, a imunização
ocorrerá de forma estendida. A segunda dose da vacina será aplicada seis meses
depois da primeira e a terceira dose, cinco anos após.
O objetivo é imunizar 80% do total de 5,2 milhões de meninas de 9 a 13 anos
do país. Dentro dessa faixa etária, de acordo com o ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, a produção de anticorpos contra o HPV tem mais eficácia.
“Além
disso, na grande média da população brasileira, meninas nessa idade não tiveram
início da atividade sexual, que é quando essas mulheres estarão no futuro sob
risco do vírus HPV. Então estamos garantindo proteção para quando essas meninas
tiverem vida sexual ativa”, explicou Padilha.
Há mais de cem tipos de HPV, vírus que é transmitido pelo contato direto com
pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. A vacina que será
aplicada no Brasil protege contra quatro tipos de vírus do HPV – 6, 11, 16 e 18.
Dois deles, o 16 e o 18, respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero,
segundo o Ministério da Saúde. Em 2011, 5.160 mulheres morreram em decorrência
da doença, terceiro tipo de câncer mais comum entre as brasileiras.
Segundo dados a Organização Mundial de Saúde, 290 milhões de mulheres no
mundo são portadoras do HPV.
De acordo com dados apresentados pela coordenadora do Programa Nacional de
Imunização, Carla Domingues, a vacina tem eficácia de 98,8% contra o câncer. A
imunização, porém, é preventiva e não dispensa o uso de preservativos.
“A vacinação contra o HPV é uma precaução do câncer do colo do útero. Não é
terapêutica, portanto deve ser recomendada como uma medida preventiva e não
curativa. A vacina não substitui a realização do exame preventivo nem o uso de
preservativos”, disse a coordenadora.
*G1
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